sábado, 12 de janeiro de 2013

Incompetência política conseguiu quebrar prefeitura rica



Legenda -Ex-prefeito é tido como mau gestor. Mas, e aqueles que o acompanhavam, não o alertaram ? Também não são corresponsáveis pela quebradeira ?  Por que se escondem, agora ?

Mau gestor, incompetente, omisso...são alguns dos atributos que se impõem ao ex-prefeito Bulgareli que durante 8 anos desgovernou a cidade de Marília, enfiando no ralo, perto de 4,8 bilhões de reais, em quanto importou o orçamento da cidade nesses 96 meses. 
Foram 96 meses de péssima gestão dos recursos públicos e somente nos últimos 4 anos, elevou-se a divida pública de 9 para 90 milhões, de forma surpreendente. 
O questionamento que se faz além de indagar onde estava o ex-prefeito ao longo desse tempo, é onde estavam os seus gestores, nas áreas da fazenda e planejamento. Isto porque, devem também ser responsabilizados, pois será que não viram a vaca ir pro brejo ? E se viram, se omitiram ? E se se omitiram, também não são corresponsáveis pela derrocada financeira ? 
Análises de instituições de processamento de dados apontam que a cidade de Marília já vinha sendo cotada como uma das piores gestões financeiras do estado. Os números estão disponíveis no Seade. 
E ninguém fez nada. Nenhum Secretário, na ocasião, da fazenda ou do planejamento, deu o sinal vermelho. E se obedeceu às ordens, o mínimo que se esperava desses servidores era que pedissem a demissão do cargo de Secretário. Mas, não. Preferiram as benesses do poder, vendo o navio afundar. Mas, isso é do caráter de cada pessoa. 
No tocante ao mau desempenho do ex-prefeito, não que fosse de todo inocente. Mas, acreditou que o poço fosse mais profundo e haveria água em abundância. O poço secou e a cidade ficou literalmente sem água, no caso, sem dinheiro. 
 Pior, ainda tentou dar sobrevida a um governo marcado pelo absoluto fracasso, resistindo “bravamente” durante três anos e mais três meses até que renunciou. Renuncia tardia, descontrolada, covarde, no melhor estilo janista, que acabou de vez com a imagem da cidade. 
Sucedeu-lhe o vice-prefeito, que sem apoio do próprio partido para governar, valeu-se de boas intenções no início, mas acabou sendo catapultado por uma máquina engessada, desconfiada, vacinada contra o passado. E o reflexo se deu nas urnas. 
 A cidade dormiu tendo pesadelo e acordou ainda meio ressabiada ante um governo de um jovem prefeito, que acerca do que se viu até então, mostra que o novo pode mudar, pode se consagrar como antítese do cataclisma que passou. 
O tsunami parece estar indo embora. Um céu limpo se prenuncia. Mas, os estragos precisam ser apurados, dimensionados e orçados para a devida penalização de quem, tendo a responsabilidade de cuidar, não cuidou. 
Afinal, Marília tem uma das maiores arrecadações do estado. 
Pois, bem. Conseguiram quebrar uma prefeitura rica. Cada centavo desviado deve ser rastreado para que em caso de malversação do dinheiro público, seja devolvido. O Ministério Público está atento. E não deve dar descanso aos arquétipos da insensatez.

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