Professor Alonso (abaixo) e Toffoli (acima).
O ex-presidente do Partido dos
Trabalhadores, em Marília, professor Alonso, que foi candidato a prefeito no passado, com a
maior votação da legenda, obtendo mais de 30 mil votos e consagrada votação
para deputado, tempos depois, com mais de 22 mil votos, não obstante não ter levado as vagas,
mas deixado ali a marca de sua credibilidade, fez desabafo nas redes sociais.
Em uma famosa rede social, o professor Alonso puxou a orelha de membros do partido que
tiveram experiência no governo municipal (referindo-se a gestão que se
encerrou), propondo uma releitura dos documentos do partido, no que tange
obviamente aos princípios a serem seguidos e ideais preconizados.
O professor
Alonso deixou transparecer nos bastidores que não concordava com a forma com
que o PT governava a cidade. Tanto que
não passou de 23 mil votos mesmo com a máquina administrativa e a execução de
políticas públicas a favor do vento.
O candidato obteve um magro 2º. Lugar, 40
mil votos distante do vencedor, o prefeito Vinicius Camarinha. E a 7 votos do
terceiro colocado, o tucano Daniel Alonso. Tanto que a quase totalidade dos
filiados na época da escolha do pré-candidato moveu-se contrariamente a
Toffoli, vice-prefeito eleito na esteira do primeiro governo de Bulgareli, que
disputou e venceu a reeleição.
Apoiaram o médico Carlos Rodrigues mesmo tendo o
vice Toffoli como candidato natural. Sucederam-se uma série de desencontros
entre o pensamento do diretório e da ala histórica do partido, mas prevaleceu o
grupo ligado a Toffoli, pois tinha a máquina na mão. Foram 9 meses de mandato
sem que ao final, tivesse deixado uma marca concreta e positiva postulando
assim futuras indicações, por exemplo a deputado.
Uma série de equívocos administrativos,
o inchaço da máquina com a contratação de quase 600 servidores, sobretudo o
encaminhamento à Câmara de um projeto de aumento do IPTU, definitivamente foram
acontecimentos tristes que mancharam a atuação do PT.
Nesse diapasão é que o
professor Alonso, um de seus filiados históricos e um dos principais teóricos
do partido, é que desabafa nas redes sociais propondo a releitura do próprio PT
em sua essência filosófica e dogmática. 2012 seria um ano a ser esquecido para
o PT, em uma rápida leitura dessa manifestação.
Hoje o PT voltou a ser dirigido
por Rui Albano, que ocupou cargos em comissão na Câmara e Prefeitura e tem como
um de seus principais articuladores, o advogado conhecido como Sojinha, hábil
estrategista, mas que também parece não ter sido ouvido no mandato tampão petista.
Fadado a ser um nome para prefeito ou vereador, teve que abrir mão desses
sonhos, porque é cunhado de Toffoli, à época prefeito. Ao menos, sua vaga de
vereador estaria garantida, hoje, sem sombra de dúvidas.
O PT fragmentado entre
a ala histórica e filiados vinculados a família Toffoli precisa dar sinais de
vida. Não se vislumbra a construção de uma oposição petista necessária ao
status quo do regime democrático citadino. O PT saiu da eleição extremamente
enfraquecido, desvitaminado e cuja única esperança de voltar ao poder é o “tapetão”. Nas urnas, não teria chance, exceto uma
repaginação que o próprio Sojinha bem como Alonso defendem. Fala-se até em um
novo perfil de candidato a prefeito.
O
PT sofreu de nanismo ao ter o poder nas mãos e não buscar a renovação de seus
quadros para as eleições. Fez um vereador, Cicero do Ceasa, que parece sequer
conhecer a cartilha do PT. Ou pelo menos até onde se sabe nunca militou no PT,
no passado. Verdade também seja dita que o próprio PT abandonou o candidato a
prefeito.
Toffoli muito mais construiu
sua campanha através do esforço do cunhado Sojinha, de assessores do quilate
dos jornalistas Gustavo Simi e Norton Emerson, embora não filiados ao partido,
mas como se o fosse, dada a fidelidade encontrada em ambos, do que da vontade
do PT em reelege-lo.
Uma união das
correntes que dividem o partido hoje, seria alternativa ao que ficou de
insatisfação. No teor da postagem, que culminou nessa análise política, disse o
professor Alonso : “ Concordo que o PT precisa de uma boa
reavaliação, começando pela releitura dos documentos que orientam o partido.
Sinto que esquecemos algumas coisas. Mas creio que 2013 será um bom ano para fazermos
isso, inclusive aqui em Marília, depois da experiência que alguns filiados
tiveram no governo municipal.”
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirRealmente uma análise mentirosa, típica daquelas provida de interesses pessoais. Toffoli e Sojinha são adversários? desde quando? O cara critica o Toffoli mas tem medo do Sojinha, é de se duvidar... Norton e Simi que fizeram a campanha... Também é de se duvidar... Com o suor... O autor do desse artigo não sabe que ambos ocuparam cargos de C1-A, depois da eleição? É de estranhar. Aos que curtiram digo algumas coisas são verdades, outras são confusas. Como dizia Raul Seixas: "Não preciso ler Jornal mentir sozinho sou capaz"
ResponderExcluirVale ressaltar que não é princípio do PT puxar orelha dos filiados, afinal não somos uma partido de direita, que tem dono pra puxar a orelha. Acho que não foi a mensagem do Prof. Alonso . No PT, as divergências e as convergências são frutos do debate interno, garantido pelo Estatuto do PT, sendo assim, o autor desse artigo é leviano com essa afirmação, não tem compromisso com a informação.
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