quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Pelas redes sociais, ex-presidente do PT, professor Alonso, parece puxar a orelha do ex-prefeito

Professor Alonso (abaixo) e Toffoli (acima).


O ex-presidente do Partido dos Trabalhadores, em Marília, professor Alonso, que foi candidato a prefeito no passado, com a maior votação da legenda, obtendo mais de 30 mil votos e consagrada votação para deputado, tempos depois, com mais de 22 mil votos, não obstante não ter levado as vagas, mas deixado ali a marca de sua credibilidade, fez desabafo nas redes sociais. 
Em uma famosa rede social, o professor Alonso puxou a orelha de membros do partido que tiveram experiência no governo municipal (referindo-se a gestão que se encerrou), propondo uma releitura dos documentos do partido, no que tange obviamente aos princípios a serem seguidos e ideais preconizados. 
O professor Alonso deixou transparecer nos bastidores que não concordava com a forma com que o PT governava a  cidade. Tanto que não passou de 23 mil votos mesmo com a máquina administrativa e a execução de políticas públicas a favor do vento. 
O candidato obteve um magro 2º. Lugar, 40 mil votos distante do vencedor, o prefeito Vinicius Camarinha. E a 7 votos do terceiro colocado, o tucano Daniel Alonso. Tanto que a quase totalidade dos filiados na época da escolha do pré-candidato moveu-se contrariamente a Toffoli, vice-prefeito eleito na esteira do primeiro governo de Bulgareli, que disputou e venceu a reeleição. 
Apoiaram o médico Carlos Rodrigues mesmo tendo o vice Toffoli como candidato natural. Sucederam-se uma série de desencontros entre o pensamento do diretório e da ala histórica do partido, mas prevaleceu o grupo ligado a Toffoli, pois tinha a máquina na mão. Foram 9 meses de mandato sem que ao final, tivesse deixado uma marca concreta e positiva postulando assim futuras indicações, por exemplo a deputado. 
Uma série de equívocos administrativos, o inchaço da máquina com a contratação de quase 600 servidores, sobretudo o encaminhamento à Câmara de um projeto de aumento do IPTU, definitivamente foram acontecimentos tristes que mancharam a atuação do PT. 
Nesse diapasão é que o professor Alonso, um de seus filiados históricos e um dos principais teóricos do partido, é que desabafa nas redes sociais propondo a releitura do próprio PT em sua essência filosófica e dogmática. 2012 seria um ano a ser esquecido para o PT, em uma rápida leitura dessa manifestação. 
Hoje o PT voltou a ser dirigido por Rui Albano, que ocupou cargos em comissão na Câmara e Prefeitura e tem como um de seus principais articuladores, o advogado conhecido como Sojinha, hábil estrategista, mas que também parece não ter sido ouvido no mandato tampão petista. Fadado a ser um nome para prefeito ou vereador, teve que abrir mão desses sonhos, porque é cunhado de Toffoli, à época prefeito. Ao menos, sua vaga de vereador estaria garantida, hoje, sem sombra de dúvidas. 
O PT fragmentado entre a ala histórica e filiados vinculados a família Toffoli precisa dar sinais de vida. Não se vislumbra a construção de uma oposição petista necessária ao status quo do regime democrático citadino. O PT saiu da eleição extremamente enfraquecido, desvitaminado e cuja única esperança de voltar ao poder é o “tapetão”.  Nas urnas, não teria chance, exceto uma repaginação que o próprio Sojinha bem como Alonso defendem. Fala-se até em um novo perfil de candidato a prefeito. 
O PT sofreu de nanismo ao ter o poder nas mãos e não buscar a renovação de seus quadros para as eleições. Fez um vereador, Cicero do Ceasa, que parece sequer conhecer a cartilha do PT. Ou pelo menos até onde se sabe nunca militou no PT, no passado. Verdade também seja dita que o próprio PT abandonou o candidato a prefeito.  
Toffoli muito mais construiu sua campanha através do esforço do cunhado Sojinha, de assessores do quilate dos jornalistas Gustavo Simi e Norton Emerson, embora não filiados ao partido, mas como se o fosse, dada a fidelidade encontrada em ambos, do que da vontade do PT em reelege-lo. 
Uma união das correntes que dividem o partido hoje, seria alternativa ao que ficou de insatisfação. No teor da postagem, que culminou nessa análise política, disse o professor Alonso : “  Concordo que o PT precisa de uma boa reavaliação, começando pela releitura dos documentos que orientam o partido. Sinto que esquecemos algumas coisas. Mas creio que 2013 será um bom ano para fazermos isso, inclusive aqui em Marília, depois da experiência que alguns filiados tiveram no governo municipal.”

3 comentários:

  1. Realmente uma análise mentirosa, típica daquelas provida de interesses pessoais. Toffoli e Sojinha são adversários? desde quando? O cara critica o Toffoli mas tem medo do Sojinha, é de se duvidar... Norton e Simi que fizeram a campanha... Também é de se duvidar... Com o suor... O autor do desse artigo não sabe que ambos ocuparam cargos de C1-A, depois da eleição? É de estranhar. Aos que curtiram digo algumas coisas são verdades, outras são confusas. Como dizia Raul Seixas: "Não preciso ler Jornal mentir sozinho sou capaz"

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  2. Vale ressaltar que não é princípio do PT puxar orelha dos filiados, afinal não somos uma partido de direita, que tem dono pra puxar a orelha. Acho que não foi a mensagem do Prof. Alonso . No PT, as divergências e as convergências são frutos do debate interno, garantido pelo Estatuto do PT, sendo assim, o autor desse artigo é leviano com essa afirmação, não tem compromisso com a informação.

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