A Matra – Marília Transparente ingressou ontem com uma representação junto ao Ministério Público Federal, apresentando o resultado dos estudos que fez acerca do uso irregular do dinheiro público destinado à saúde e a constatação da possível prática de improbidade administrativa cometida pela administração pública municipal - mandato 2009/2012.
Conforme apurou a entidade, pelo menos desde setembro de 2011 até dezembro de 2012 constavam nos relatórios enviados ao Conselho Municipal de Saúde (CMS) a descrição “devolução de transferência realizada pela Secretaria da Saúde”. Além disso, no indicativo de valor da devolução de transferência havia menções de valores altíssimos, tudo a indicar que a verba recebida pela Prefeitura vinculada à assistência a saúde era desviada para outros fins.
Por sua vez, o CMS aprovava os relatórios com “ressalvas”, passando a pedir explicações ao então Secretário da Fazenda a respeito do uso correto dos recursos vindos do Ministério da Saúde, sendo que a solicitação foi atendida somente em setembro de 2012.
Segundo o secretário, as devoluções de transferências tratavam de valores retirados pela administração pública da verba destinada unicamente ao SUS (Sistema Único de Saúde) e usada para outros fins, especialmente para pagamento de funcionários com o pressuposto de devolução, o que é flagrantemente indevido. Dinheiro “carimbado” da saúde só pode ser usado para a saúde
Porém, as retiradas e devoluções perderam o controle e não se pode afirmar com precisão os valores deste movimento financeiro. Porém, o novo prefeito já anunciou um rombo de R$ 35 milhões na área da saúde.
Diante desta irregularidade, que caracteriza improbidade e que fere a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Matra pediu ao MPF a investigação do fato e, se for o caso, a punição dos responsáveis.
PARA LER O REQUERIMENTO ACESSE: http://www.matra.org.br/pdfs/requerimentoMPF_Saude.pdf
Raquel Brabo
Assessora de Comunicação
MATRA - Marília Transparente
www.matra.org.br
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